Não tenho tempo para brincar com meu filho. O que eu faço?
- Pablo Adami
- 10 de abr.
- 2 min de leitura

Amigo, você teve um filho. Então a pergunta agora é: como vou arrumar tempo para brincar com ele? Porque ele precisa do seu tempo, tempo de qualidade. Mais do que tudo. Mais do que um tênis novo ou um brinquedo no natal. O tempo passa rápido demais e você não vai querer se arrepender depois.
Teve um dia aqui em casa que eu estava muito cansado. E minha esposa estava trabalhando, então era só eu e o menino. Eu mal aguentava de olhos abertos, depois de um longo e estressante dia de trabalho. Eu disse para ele: vamos brincar de empilhar almofadas? Papai vai deitar no sofá e você tem que empilhar o máximo de almofadas em cima de mim, até me cobrir. Quando ele terminava eu jogava tudo no chão e ele dava risada e começava a colocar novamente. E assim passamos uns 20 minutos. E isso me deu alguns minutos para me recompor e partir para a próxima brincadeira.
O tempo de qualidade passado com os filhos é um dos pilares para o desenvolvimento emocional saudável da criança. No vínculo estabelecido nessas interações — mesmo nas mais simples, como empilhar almofadas ou inventar brincadeiras enquanto se descansa — há trocas afetivas profundas que fortalecem o sentimento de segurança, pertencimento e autoestima da criança.
Do ponto de vista psicológico, a presença emocional dos pais contribui para a formação de um apego seguro, que será a base das futuras relações interpessoais e da regulação emocional dos filhos. No entanto, é comum que os adultos se sintam exaustos, sobrecarregados ou até culpados por não conseguirem estar disponíveis o tempo todo. Nesses casos, a psicoterapia pode ser uma aliada poderosa. Ela oferece um espaço de escuta, reflexão e ressignificação, ajudando o indivíduo a reconhecer seus limites, a acolher suas fragilidades e a desenvolver estratégias mais saudáveis de autocuidado e relação com os filhos. Para aqueles que se sentem inseguros, desmotivados ou sobrecarregados, a psicoterapia ajuda a alinhar expectativas, reorganizar prioridades e resgatar o prazer e a leveza na parentalidade.
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